quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Ótima reportagem da Folha sobre as novas TVs de LCD que estão por vir




Visitante observa televisores em estande na IFA (Internationale Funktausstellung), maior evento do mundo nas áreas de telecomunicações e entretenimento eletrônico, que termina hoje em Berlim


Empresas redefinem preto na tela de LCD:

ESCURIDÃO >> Televisores com novas tecnologias fazem com que o tom negro nas telas de cristal líquido mude radicalmente.

No menu da alta definição, a sopa de letrinhas ganha novos ingredientes em destaque. Se antes bastava ostentar um Full HD (ou 1.080p) para atrair olhares gulosos, agora a indústria aposta em termos que não eram tão ressaltados.

Até o preto ganhou uma nova dimensão com alguns televisores de LCD apresentados na IFA. Com taxas de contraste de até 1.000.000:1, ante cerca de 50.000:1 de um bom aparelho Full HD disponível no Brasil, Sony, Panasonic, Samsung e Philips mostravam televisões em que o negro de uma imagem na tela facilmente se confundia com as bordas do aparelho, quando pretas.

Por essa e outras novidades, as empresas mostraram que a qualidade de imagem e as cores nas telas de LCD começam a ficar mais parecidas com as de plasma, antes superiores na seara das telas planas.
E as empresas fazem de tudo para deixar à vista a diferença, usando filmes escuros em aparelhos colocados um ao lado do outro. Depois da experiência, não é difícil o usuário passar a considerar o que era negro, em uma TV de LCD, um simples preto-azulado ou um reles cinza muito escuro.
"Mas não se esqueça de que todos os vídeos aqui são feitos para isso, para ressaltar a qualidade", reconheceu um expositor da JVC que falava sobre um aparelho com a tecnologia LED LCD, que fornece uma cor preta impressionante. "Se você não entregar conteúdo digital de qualidade para o aparelho na sua casa, a imagem vai ser ruim", disse ele.
A dica serve para o consumidor comum no Brasil -ainda que a TV não tenha as últimas tecnologias. Um equipamento de alta definição funciona bem com alguma fonte compatível, como TV digital, Blu-ray ou videogames como o PS3.
Outra característica alardeada por fabricantes foi a fluidez de movimentos, ou a taxa de quadros por segundo apresentada pela televisão, expressa em Hz. Hoje, o comum, na indústria de telas LCD, é 60 Hz. Nessa seara, a Sony foi quem chegou mais longe. Sua Bravia ZD500, que deve estar no mercado nos próximos meses, tem uma frequência de 200 Hz.
Esse é o tipo de detalhe ao qual o fã de esportes ou de filmes de ação deve prestar atenção redobrada. Quanto maior a freqüência, mais definidas vão ficar cenas rápidas -como uma bola dividida ou a capotagem de um carro. A fluidez de imagem pode ser também expressa em ms (milissegundos, quanto menor o valor, melhor).

Magras: Outro produto da Sony que se destacou foi a Xel-1, que vai começar a ser vendida no mercado europeu. Com minguadas 11 polegadas, a TV ostenta apenas três milímetros de espessura e tecnologia de LEDs com material orgânico Oled.Esse tipo de produto tem cores melhores, imagens mais brilhantes e uma alta taxa de contraste. O preço também é superlativo: nos EUA, a tevezinha sai por US$ 2.500.Os 3 mm de espessura da Xel-1 referem-se à parte mais fina. Todas as fabricantes, na guerra da magreza, desfilam apenas suas melhores medidas.É o caso da Sharp, que apresentou com destaque sua Aquos XS1 LCD, que tem 2,3 cm na parte mais fina. A tela Full HD, com uma taxa de contraste de 10.000:1 e freqüência de 100 Hz, pode ser de 52 ou 65 polegadas. O aparelho deve chegar ao mercado europeu no próximo mês.A Philips apresentou um protótipo, apenas com a tela de LCD de 32 polegadas, ainda mais magro: 8 mm. (GVB)

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